Quando se calam, o silêncio é quem parece gritar e surtar.
Inquietante, frio e cortante.
Por que ninguém responde?
Há algo a ser dito
Há algo a ser dividido
Medo, vergonha e covardia.
É o que ninguém vê.
Quando se calam,
Não é como um conforto
Não é como um carinho
Que tantas vezes, no silêncio se revela
Não existe rumo nem plano.
Quando estão calados parecem lutar com o tempo
Na esperança de logo passar
O nervosismo
O incômodo.
Eles são como ninguém vê.
Distantes e desconhecidos,
Se calam querendo se conhecer.