segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Deixar ir

Pela janela, os últimos raios de sol ao som de baladas "espanicas" que lembram de o deixar ir. Junto às cartas, aceitando as desgraças. Evaporou como se nem ao menos tivesse existido. Ela, sensação que era tão doce, tão rosa, tão viva. Deixe ir, melhor assim. Ainda nesse instante, há felicidade nos olhos, que baixam e fixam os tacos imundos, lembrando das castanholas e do perfume de casa nova. Baixa o sol e dor de saber que é melhor esquecer.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Aliança

"Normal é pensar que se é maluco." Querer continuar no mundo da fantasia, aí sim, talvez seja loucura. Não é à toa que esse mundo está cheio do conceitual... e da psicologia. Se sobreviver é ter consciência racional, é nesse ponto que encontro meu limite. Se eu pudesse sonhar - e apenas sonhar - seria a pessoa mais completa. Infelizmente, a vida não é do tamanho da minha imaginação. É preciso conviver com o acaso e esquecer do que sempre considerei eterno.
Ao olhar para o espaço vazio que ocupa seu lugar neste dedo, penso se serei capaz de ser feliz sem ele, sem nós. Já faz tempo, desisti de tentar superar e largar as lembranças que nem ao menos vivemos. Ao voltar dos devaneios, sinto a dor da minha própria tortura, da noção de uma linha existente de razão, que permite me julgar ser normal.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

(Re)começo

Vamos descrever sensações. É madrugada, no ápice do marasmo das férias, insônia e falta de equilíbrio mental, começo outro ciclo de vômitos de palavras pouco acessadas e muito criticadas. Pelo prazer de descrever as invariações de uma vida costurada por relacionamentos indefinidos (não adianta, é só o que domino), frustações e resquícios de outros prazeres tragados. Mais constante, menos interessante, na mesma larga medida intelectual de sempre. Here we go again.