quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mãos dadas

O tipo de amor que não quer mesmo morrer
Que é para sempre, com troca de alianças.
Um amor que é, acima de tudo, amizade
Mas não só isso.
Ele quer ser amante
Quer estar no entrelaçar dos corpos
Na dança do prazer
Ele quer ser.

4 comentários:

José disse...

ser é uma coisa muito difícil .-.
mas não impossível

Juliana disse...

Nhonho.. Causa a melhor sensação.

Anônimo disse...

Engraçado é que, mesmo que as artes visuais sejam sua maior forma de expressão, há uma certa emoção, um sentimento mais forte, mais cinematográfico que você parece demonstrar mais nos seus texticulozinhos inhos. O fato de não serem grandiosos, pretensiosamente literários ou pretensiosamente geniais os dão um ar muito profundo de desabafo, quase que de journal, de diário. Seus textos são claramente fotografias do seu cotidiano, do seu ser, dos seus sentimentos mais felizes e angustiantes, dos seus relacionamentos. Ainda assim, guardam as linhas sutis e leves dos seus desenhos, que fogem ao exagero, ao estilo meramente egocêntrico, sem reflexões.... Ou estou bitolando com-ple-ta-men-te.

Esse poema só reforça que você deve ler o livro da Lispector que recomendei. É justamente esse sentimento de ser, associado com a busca pelo prazer sem culpa, a busca pelo amor (esses que, para você, já são familiares) que ela retrata através da relação Lóri-Ulisses.
Adorei o blog e fico muito, muito contente que você tenha voltado! Vê se, dessa vez, não abandona o projeto!

Beijaço.

Kika Hamaoui disse...

Que tal colocar música nessas palavras? Esse texto daria uma bela canção :)