Acordou assustada com o sonho esquisito. As dores na coxa a lembraram que acabara de dormir no chão. Sentiu frio e procurou por seu pijama amarrotado. Retirou a cinta-liga e as meias com todo o cuidado para não acordar o corpo nú deitado ao seu lado. "Deve estar sonhando", ela pensou. Pelo quarto, roupas jogadas, latas de cerveja, cama desfeita, porém vazia. Fitou, no escuro, a expressão no rosto alheio e sorriu. Depois de tantos meses, era a primeira vez que o cansaço havia falado mais alto. A intimidade pareceu encontrar seu ápice. Ali, nenhuma ação contida, calculada, envergonhada ou habitual se manifestaria. Eram dois corpos nús sobre o edredom, dois amantes esgotados de uma noite. Ela voltou a se deitar, protegendo o corpo do frio do ar condicionado.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
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